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Review #7: Lily Allen - It's Not Me, It's You (2009) [Portuguese]

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It's Not Me, It's You - Lily Allen
"Não se deixe enganar… Não é ela. É você!"

Detalhes do Álbum:

Nome/Músico: Lily Allen
Nome/Álbum: It's Not Me, It's You
Lançado: 09 de Fevereiro de 2009
Gênero: Eletrônico/Pop
Duração: 43:12
Gravadora: Regal
Produtores: Greg Kurstin

Lily despontou no cenário pop em 2006, com o single Smile que rapidamente se tornou um dos seus principais sucessos e talvez uma de suas faixas mais conhecidas. Seu primeiro álbum, "Alright, Still", fora marcado pela ritmicidade que envolvia jazz americano, reggae e eletrônico. Ele foi muito bem avaliado pela crítica no mundo, recebendo elogios e nota máxima desde o veterano norte-americano Robert Christgau ao principal revisor musical do jornal britânico The Guardian, Alexis Petridis. E realmente, não foi por menos, ele foi sim um dos melhores e mais importantes trabalhos no pop daquela época, mostrando que Lily possuía caráter único e subsídio artístico de sobra para se ascender na indústria. Agora, na sua segunda aventura, em 2009, ela dispensou alguns produtores que haviam a colaborado no seu primeiro álbum e escolheu apenas pela permanência de Greg Kurstin, conhecido membro do duo pop norte-americano The Bird And The Bee. Como resultado, percebemos que a sonoridade ficou mais eletrônica, com um incremento maior de sintetizadores e a ausência audível de demais instrumentos nativos de outros gêneros. O álbum ficou mais compactado e, em alguns momentos, um tanto rústico e simplório, no entanto a qualidade foi mantida, seja em relação ao lírico impulsivo, audacioso e despojado dela ou referente ao instrumental, que continua igualmente pegajoso, agradável e instigante. Através dele, Allen confirma a tese de que é atualmente uma das celebridades pop mais irreverentes e carismáticas na mídia. Como se não bastasse, nesse novo projeto ela decidiu realizar algumas críticas sociais e arriscar um pouco na política, de uma forma bastante jovialmente atrevida e direta. Suas letras ainda mantêm a principal qualidade a qual foi compreendida ainda em suas primeiras produções: a rude objetividade. Ela é descompromissada, arrojada e muito sincera. Uma figura um tanto oposta à imagem que princesas do pop desenvolveram ao longo dos anos, não acha? Mas Lily é assim. Precursora de uma nova tendência no meio. E ela vem dando muito certo. Se comportando do seu jeito, com um temperamento às vezes exagerado e radical, porém honesta e verdadeira consigo mesma.

O primeiro single do álbum foi The Fear, e conta um pouco sobre o medo de Lily, enquanto pessoa pública. A citação cômica de duplo sentido "I'll look at the sun and I'll look in the mirror / I'm on the right track yeah I'm on to a winner" (Eu irei olhar o sol e o espelho / Estou no caminho certo, serei uma vencedora), mostra a alusão entre os jornais The Sun e The Mirror do Reino Unido que, de acordo à letra que esbanja ironia, servem como parâmetros para saber se ela está seguindo os passos do sucesso corretamente ou não. Ela também adiciona que tudo dará certo, à medida que ela vai emagrecendo. Tudo isso estabelece associação com a exploração de sua vida pessoal exercida constantemente por parte da imprensa britânica e mundial. Não fica exatamente bem claro qual seria o seu medo, mas apostaria bastante que se trata do receio ao mundo externo e as impressões gerais que todos possuem sobre ela. Uma instabilidade emocional típica entre todos. Como disse, Lily é transparente e consideravelmente autoral em suas obras, fazendo muitas vezes da sua própria vida, uma arte personificada em música. O segundo single, Not Fair, exibe uma narradora aparentemente insatisfeita com seu companheiro, entretanto mesmo assim o considera em determinados momentos, o seu homem ideal, pois segundo ela, ele sempre a trata bem, se preocupa com ela e a elogia incansáveis vezes. Porém, quando chegamos no teor sexual, ele parece apenas sentir excitação autonomamente, sem oferecer prazer a ela (Para ilustrar mais a situação, ela comenta que passou anos só fazendo sexo oral com ele). Sua crítica é a de que ele não consegue oferecer carinho, amor e o principal de tudo, prazer a ela. Sua decepção é grande com ele, e uma das suas centrais justificativas é a de ele nunca a fez gritar na cama. Bastante direta, não? Esse é o jeito Lily Allen de ser… Mais explícita impossível. Mas pense bem, antes de qualquer desprezo ou desconsideração: Este não é um problema real e ocorrente entre muitas pessoas? Quantos não gostariam de ter a coragem e iniciativa da Lily, seja na vida privada ou profissional? Com certeza, muitos…

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22 é basicamente o retrato de grande parte dos jovens próximos a esta idade que se encontram desconsolados e desesperançosos com suas vidas, possivelmente incluindo até a própria autora da letra. É um período crítico, tanto em aquisição de responsabilidade quanto amadurecimento definitivo. Idade transitória em que muitas vezes se espera que o antes adolescente e agora já homem esteja em um trabalho decente e com possibilidades de formar uma carreira ou simplesmente, no âmbito particular, adquirir um parceiro que o ame. O descontentamento social e político de Lily aparece em Everyone's at It, faixa em que ela diz que muitas pessoas ultimamente vem aderindo métodos alternativos como drogas e medicamentos anti-depressivos deliberadamente, somente para se livrarem de seus problemas pessoais ou familiares. No não menos impactante terceiro single Fuck You, ela professa todo seu desgosto por parte do anterior questionável governo do ex-presidente norte-americano George W. Bush, com palavras agressivas, porém docilmente exclamadas por ela. Em Him, penúltima faixa da gravação, Lily simula um monólogo a respeito de Deus, contando todas as tormentas que a sociedade enfrenta hoje, como o terrorismo, e pormenorizando a contradição existente entre os díspares preceitos dogmáticos estipulados pelas milhares de religiões no mundo. Mesmo suas letras sendo precisas, despachadas e às vezes até instintivas, ocasionalmente transmitem bom e informativo conteúdo, sem deixar também de ser cômico.

Na linda balada em piano I Could Say, o álbum recesa por alguns minutos. Nela, o eu-lírico confessa que estaria mentindo se dissesse a seu parceiro que sempre irá amá-lo ou que sempre estará à disposição dele, pois ainda é jovem e reconhece que sempre nos modificamos no decorrer de nossas vidas. No refrão, ela revela que desde que ele partiu, ela não é mais a mesma e não tem se sentido bem, demonstrando saudade e que sua vida decaiu drasticamente. Contextualizado ao álbum, é um instante amável e apaixonante de Lily. Em seguida, Back to the Start empenha continuidade à energia sônica, porém sem eliminar o arrependimento e desolação por parte do narrador na música anterior. Nessa última, ela diz que quer começar tudo de novo e pede desculpas pelos erros que cometeu com sua irmã, admitindo agir com desrespeito em algumas circunstâncias e prometendo mudar suas atitudes. Pessoal, Never Gonna Happen mostra uma Lily um pouco mais ousada e cínica, dizendo para um outro dos, ao que tudo indica, vários companheiros, que ela não o ama e que nunca haverá nada sério entre eles, apesar dos seus corriqueiros encontros. A melodia nesta é bem alegre. Os vocais de fundo da Lily são ótimos (Um dos pontos mais altos do disco. Muito gostoso o "Ah" crescente dela e o acompanhamento vocálico ao instrumental próximo ao fim da faixa), embora eles pareçam de alguma forma desdenhar da adoração que o apaixonado homem tem por ela. Who'd Have Known, outra contida balada, foi escrita em colaboração com os integrantes do grupo britânico Take That, e retrata também sobre o romance entre duas pessoas e o desejo do eu-lírico pela outra. Incluída na sua vasta lista de faixas românticas, Chinese provavelmente é uma das menos impressionantes do disco, mas é capaz de prover algum entretenimento aos seus ouvintes mais ávidos.

A bela He Wasn't There é a última e uma das mais íntimas. Lily fala sobre seu pai e a ausência dele durante sua infância e adolescência. Apesar disso, ela admite que o ama e o perdoa pelo descaso durante a época, o descrevendo como seu herói disfarçado. "It's Not Me, It's You" é um álbum admirável, espontâneo, engraçado, sério e determinado, com relances críticos e uma fusão singular entre inocência, audácia e sagacidade, produzido por uma garota já mulher com capacidade para ir muito mais longe… Go, Lily, Go!

E então, ele descreveu ela ou você?

Melhor Trecho:

"You might have thought you didn't teach me much
But you taught me right from wrong
And it was when you didn't keep in touch
Well it taught me to be strong
And just in case you ever thought I would
I wouldn't change you for the world
Because I know you'll always love me very much
I'll always be your little girl"

He Wasn't There

Considerações Finais:

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Nota do Álbum: 4.0/5.0
Escolhas do Álbum: The Fear; Not Fair; 22

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